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CANTINHO DA PAZ



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MÃE MENININHA

MÃE MENININHA DO GANTOIS

 
Mãe Meninha do Gantois nasceu no dia 10 de fevereiro de 1894, na cidade de São Salvador, Bahia.  

Seu nome de batismo é Maria Escolástica da Conceição Nazareth e era descendente de nigerianos.  

No inicio do século XIX, sua avó D. Maria Júlia da Conceição Nazareth, fundou o "Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê" - o Terreiro do Gantois. As terras onde o Terreiro foi edificado foram compradas do francês Sr. Gantois, pelo cônjuge de Maria Júlia, o africano, Sr. Francisco Nazareth de Eta. Maria Escolástica da Conceição Nazareth era sobrinha da iyalorixá Pulchéria Maria da Conceição, que também era sua madrinha de batismo, e quem a iniciou no culto dos orixás, na nação Ketu, aos 8 anos de idade. Por esse motivo ela recebeu o apelido de  "Menininha".

Mãe Menininha seria a sucessora direta de Mãe Pulchéria na função de iyalorixá do Gantois, mas com a morte repentina de Mãe Pulchéria em 1918 o processo de sucessão foi acelerado, pois Gantois não poderia ficar sem um dirigente. Através do jogo de búzios, os orixás Oxóssi, Xangô, Oxum e Obaluaiyê escolheram e confirmaram Menininha, então com 28 anos, para assumir a função de dirigente do Candomblé do Gantois, em 1922.

 Mãe Meninha enfrentou perseguições da polícia, que reprimia com violência a prática do culto aos orixás. Chegou a ser presa por resistir a polícia cultuando os orixás no candomblé de Gantois.

Mãe Menininha estava consciente de que a religião do candomblé era o último reduto de resistência da dignidade negra, da preservação da história do negro que não foi contada na escola, por esse motivo defendeu a preservação histórica dos locais sagrados onde estavam localizados os primeiros Terreiros de candomblé em Salvador, como por exemplo, o Engenho Velho e a Casa Branca.

Mãe meninha era casada, e tinha duas filhas, e durante 64 anos foi a força do Gantois, fazendo-se amar e respeitar por todo o povo baiano, a princípio e depois pelo povo brasileiro em razão de sua doçura, sabedoria e firmeza na defesa das tradições afro-brasileiras. Mãe Meninha foi a iyalorixá mais importante da Bahia e do Brasil, haja vista que todos babalorixás e iyalorixás a veneravam. Também foi inspiração de belas músicas popular brasileira, cantada em prosa e verso por Dorival Caymi, Caetano Veloso, Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil, entre outros.

Réquiem pra Mãe Menininha do Gantois

Gilberto Gil

Composição: Indisponível

Foi
Minha mãe se foi
Minha mãe se foi
Sem deixar de ser - ora, iêiê, ô

Dói
Minha alma ainda dói
Minha alma ainda dói
Sem deixar doer - ora, iêiê, ô

Foi
Tão boa pra nós
Tão boa pra nós
Não deixa de ser - ora, iêiê, ô

Mãe
Do orum, do céu
Do orum, do céu
Me ajuda a viver neste ilê aiê

Rara
Ouro
Guarda o tesouro pra nós
Riso
Puro
Porto Seguro pra nós
Vemos
Vivo
O brilho da tua luz
Iluminando nossos corações

Ouve nossa oração
Escuta a demanda de cada um
Manda teu doce axé
Recomenda ao santo o teu candomblé
Fala com cada um
Fala com cada um
Fala com cada filho fiel
Canta pra todos nós
Derrama sobre todos o teu mel

Foi
Minha mãe se foi
Minha mãe se foi
Sem deixar de ser a Rainha do Trono Dourado de Oxum
Sem deixar de ser
Mãe de cada um
Dos filhos pra quem eternamente sempre haverá
Mãe Menininha
Mãe Menininha
Mãe Menininha
Mãe Menininha

Mãe Menininha

Oração da Mãe Menininha

 

Maria Bethânia

Composição: Indisponível


Ai minha mãe

Minha Mãe Menininha

Ai minha mãe

Menininha do Gantois

A estrela mais linda, hein? Tá no Gantois

E o sol mais brilhante, hein? Tá no Gantois

A beleza do mundo, hein? Tá no Gantois

E a mão da doçura, hein? Tá no Gantois

O consolo da gente, hein? Tá no Gantois

E a Oxum mais bonita, hein? Tá no Gantois

Olorum quem mandou

Essa filha de Oxum

Tomar conta da gente

E de tudo que há

Olorum quem mandou ô ô

Ora iê iê ô...

Ora iê iê ô...